Psiu!
Não fale nada. Não há necessidade em dizer. É o momento de se fazer. Entre
tantos vocábulos; vogais que se unem as consoantes; consoantes que se encontram
e se separam; acentuações tônicas em verbos, sujeitos, adjetivos e predicados,
nenhum deles é capaz de superar o que você é capaz de fazer. Por vezes, uma
imensidão de silêncio basta para dizer tudo o que precisa ser dito.
Não
se preocupe com o suplerfo, com conjugações minuciosas que nada expressam: para
a vida não pode haver regras que o impeçam de conjugar a felicidade. Uma
criança tão pouco, basicamente nada, sabe sobre tantas conjugações verbais e, no
entanto, conjuga a sinceridade e a espontaneidade de ser feliz.
Ei!
Não há o porquê de se privar com o certo ou com o errado. Tais concepções são
subjetivas e quem poderá contradizê-las? A regra oficial? A padronizada? Nossa
vida é uma variável constante: plural, singular, singular, plural... E mesmo
quando pluralizamos, não conseguimos generalizar. Até mesmo a gramática
normativa contém suas exceções.
Mas!
O que é que você está fazendo? Se escondendo? Mas por que e de que? Chegue
aqui, olhe para fora, veja um pedaço do mundo que também é seu. Sim! Ele é seu,
cada dia mais presente. O presente é o tempo certo para conjugar todos os
verbos.
Espere!
Ouça a voz do silêncio; sinta o tocar do vazio e veja o invisível que está a
sua frente. Um grupo de “S’s” nem sempre significa que não estás sozinho. Não
existe uma única gramática no mundo, talvez, apenas uma que seja reconhecida
pelos “doutores da lei” que não experimentam as diversidades dos verbos em seus
gostos naturais, mas fazemos parte deste imenso quebra cabeça chamado
humanidade, logo, somos diferentes: peça singular a procura do plural
necessário a se completar e ainda assim, haverá muitas peças a batalhar.
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