domingo, 11 de setembro de 2011

Pode ir "tomar o seu cochilo"

Não existe atitude mais bonita que ver uma criança de apenas cinco anos dirigir-se ao seu avô e dizer: “... deixa que eu lave o seu prato, pode ir tomar o seu cochilo.”
Uma criança que desde o dia em que nasceu o sorriso é a sua marca. O tempo foi passando e os cuidados com os outros foram aumentando, o carinho nem se fala, EU TE AMO faz parte do seu vocabulário dia e noite.
O encanto de tê-la por perto se torna ao mesmo tempo uma honra e também compromisso, pois na palavra de Deus diz que devemos ser como crianças, não no sentido infantil, mas sermos verdadeiros.
Quando estava sentada a mesa da cozinha num calor insuportável, veio de forma suave um vento, como se fosse um alento, e ainda ouvir a aquela voz doce e amável daquela menina dizer para o seu avô que ele podia ir tomar um cochilo. Percebi que as crianças não estão totalmente coisificadas.
Seu avô é um homem trabalhador e dedicado a família, tudo o que faz é pensando em sua esposa, suas cinco filhas, seu dois netos e mais um que está por vir, às vezes me pergunto se algum dia ele irá para a terceira margem do rio.
A sua rotina é um tanto que atribulada e cheia de compromissos e o que o acalma é quando chega a casa e recebe um abraço e um beijo de sua neta. Ela que por sua vez, em todos os momentos, não se esquece de ninguém da sua família, às vezes ela fica até sem alguma coisa, por exemplo, um pedaço de bolo. Diz várias vezes: “deixa pro meu avô, pra minha tia, pro meu irmão e pra vó Penha”.
Eu queria ser pelo menos um pouco parecida com essa menina, que agora, faço questão em dizer o seu nome: Maria Eduarda Camilo Soares.
por Sarah Camilo.

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